terça-feira, 29 de abril de 2008

SATELLITE

Let's assume you were right
and play the game of charm and strange
and satellite
and when we've all had our fun
deflate the stars
and put away the sun
and so we can call it a day
Cause I'll never prove that my motives were pure
so let's remove any question of cure
cause even though you've made it pretty obscure
baby, it's clear, from here--
you're losing your atmosphere
from here, you're losing it
So let's assume it was true
cause baby can't lift up a hand to swear to you
and what's the use of defense?
the hangers-on are too far gone for evidence
and that one was lost from the first
Cause I'll never prove that my motives were pure
so let's remove any question of cure
cause even though you've made it pretty obscure
baby, it's clear, from here--
you're losing your atmosphere
from here, you're losing it
So have it your way
whatever makes the best resume
whatever you can throw in
wash, rinse and spin til it's
spun away--okay
but I won't be sticking around
Cause I'll never prove that my motives were pure
so let's remove any question of cure
cause even though you've made it pretty obscure
baby, it's clear, from here--
you're losing your atmosphere
from here, you're losing it



Vocês perderam sua atmosfera, mulheres.
Tornaram-se pouco mais do que incomodos necessários.
Com essa aura obscura que apenas desvela mecanismos defensivos.

Vocês não superaram suas fraquezas com seus jogos estúpidos de sedução.
E eu nunca erguerei uma mão para lhes jurar nada.
Nunca vou provar que meus motivos foram puros e sinceros.

Eu não sei, definitivamente, o que é ser uma mulher, ok?
Então vamso assumir que aqueles foram nossos dias.














E é justamente por isso que eu redescobri meu amor pela Nádia, porque, embora ela não saiba disso, ela é tão certa de seu desejo que prefere se matar a se submeter ao desejo do Outro.

Talvez a última mulher de verdade nesse mundo escroto.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

STREET SPIRIT (FADE OUT)

Rows of houses, all bearing down on me
I can feel their blue hands touching me
All these things into position
All these things will one day swallow whole
Fade out again, Fade out.

This machine will, will not communicate
These thoughts and the strain I am under
Be a world child, form a circle
Before we all, go under
fade out again, fade out again

Cracked eggs, dead birds
Scream as they fight for life
I can feel death, can see its beady eyes
All these things into position
All these things will one day swallow whole
Fade out again, Fade out again

Immerse your soul in love
Immerse your soul in love




Sabe, as vezes eu tenho provas bem sólidas da existência do incosnciente. Tipo, essa música acabou por tornar-se significante, de uma forma bem despropositada. Essa é minha relação com o inglês: eu entendo, conscientemente, apenas quando presto atenção na fala, ou leio a escrita. Mas as vezes acho que tenho uma compreensão inconsciente de certas coisas.

Hoje eu estava a ler uma entrevista que o jornalista americano George Sylvester Viereck fez a Freud em 1926. Achei bastante interessante, mesmo porque a gente tem acesso a um Freud além de sua obra, ou seja, a um Freud humano e que, aparentemente, parecia ser uma figura muito agradável. As respostas do Freud eram honestas e gentis, embora, em alguns momentos, claramente falaciosas. Mesmo assim ficou claro que suas idéias eram bem divergentes das idéias lacanianas (ou lacaniosas). Pra começo de ocnversa, Freud não só achava correta a prática da auto-análise, como a recomendava aos psicanalistas. E parecia não se furtar de fazer pontuações fora de setting analítico (o cara, pasmém, interpreta o entrevistador).

Mas uma fala do Freud me pois a pensar, depois de ter deixado um comentário no Blog de uma, hum, amiga (acho que eu posso dizer isso, em?).

O entrevistador questiona Freud, já em seus 70 anos, quanto a importancia que ele dava ao legado que ele deixaria com a psicanálise e se isso significaria algo pra ele, já que mesmo após sua morte, seu nome iria viver. Freud responde que não, pois isso não era verdadeiramente certo. Disse estar mais preocupado com a sua família, pois muitas de suas posses haviam sido minadas pela guerra. Mas que, por sua parte, estava satisfeito, já que o trabalho era sua fortuna. Por fim, disse, enquanto subia uma trilha num jardim, na medida em que acariciava um arbusto que floria:

- Estou muito mais interessado nesse botão do que possa me acontecer depois de morto.

- Então o senhor é, afinal de contas, um profundo pessimista? - questionou o entrevistador.

- Não, não sou. Não permito que nenhuma reflexão filosófica estrague minha fruição das coisas simples da vida.

Depois disso Freud declara seu ponto de vista, de que não acredita em vida após a morte, pois era um engodo acreditar que a existência humana estava acima da existência de todas as outras coisas.

De qualquer forma, me pus a pensar nessa fala. Mesmo não acreditando nisso, que seja possível que a reflexão filosófica não estrague nossa fruição com quaisquer outras coisas na vida, sejam elas simples ou complexas, penso que faz pouco sentido aprofundar-se num desespero por sentido se isso vier em detrimento a todos os outros aspectos da existência. Existe algo de imanente em todas as coisas, e as vezes apenas esse prisma nos basta. Pra que, então, destrinchar esses objetos em essência, se isso for causar mais dor do que deleite? Isso, pra mim, é o ápice da civilização, e a grande renuncia à natureza.

Talvez, no final das contas, Nietzsche estava certo.









E, embora tenha pensado nessa música como uma referência a um sonho, percebo agora que ela diz bem disso tudo que falei (eu realmente não tinha reparado).

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Fake PLastic Trees

Essa é uma música bem triste, e fala de amor.

Pera, isso me assusta.

Porque o amor vem sempre ligado a esse taste de sofrimento e tristeza?
É um grande mistério, definitivamente. Mas, bem, não é disso que eu queria falar.

Tem sido dias estranhos, nessa cidade cheia de luzes azuis. E os demônios em vermelho me rodeiam, observando a distância. Tantas coisas na cabeça. Mas, talvez, tenha sido uma boa saída. E talvez eu comece a construir alguma coisa, at all.

Durante toda minha adolescencia acreditei que a vida se resumia em encontrar e viver uma linda história de amor que terminaria num felizes para sempre. Mas a trilha sonora sempre era triste, ainda que doce. Um dia eu tive um insight orientado por uma música, então deixei de buscar avidamente por amor, e passei a buscar pela vida.

Mas o que tenho achado mais estranho é que tenho me feito perguntas muito obssessivas. Tenho me sentido enganado, por viver uma grande mentira, que se chama classe média. Lidar com a pobreza diariamente sempre me leva a pensar que aquilo sim é a vida média das pessoas, não o que eu vivo. E é uma vida bem da desgraçada. Isso me machuca em vários aspectos. E me faz ficar irritado com meus próprios dramas e tristezas, que parecem tão pequenos diante dos problemas daqueles pacientes, loucos, pobres e sem oportunidades. E muitos são pessoas muito boas, que queriam, mais do que tudo, poder fazer a diferença em ambitos muito menos megalomaniacos que o meu. Eles não querem salvar o mundo, eles querem cuidar da mãe que vive acamada. Ou poder estudar, para ajudar as pessoas que tanto as tem ajudado diariamente ali no serviço, lhes oferecendo uma escuta sincera e acolhedora.

Eles, esses pacientes, tem me dado as poucas doses diárias de alegria que me permitem continuar. E eu sinto por não poder fazer mais do que escutá-los.

O mundo me parece cada dia mais mentiroso. E todo aquele papo acadêmico do que vem a ser o humano me enche. Porque parece que eles não dizem desse homem, real, médio, que vive nesse ambito de pobreza, que acordam todos os dias sem saberem se terão um prato de comida na mesa, para servir seus filhos. Essa história de estrutura psicótica & foraclusão do nome do pai me soa cada vez mais distante da realidade. Porque começo a acreditar que a loucura é uma situação, um mecanismo de poder e uma resposta a uma realidade de vida insuportável.

Eu me encantei com o amor de um paciente, esses dias, ao escutar seus desejos e ansias e vontades. Eram simples, mas sinceros, e o iluminavam com uma bondade diferenciada. E, diante dele, me segurei para não me render a prantos "pouco terapeuticos". Agora eu sei porque escuto tanto essa música enquanto escrevo isso. Trata-se de um retardo mental, moderado para grave. E essa música tocava em um comercial sobre sindrome de down.

Eu tenho aprendido muito com aquelas figuras, loucas, mas sábias. Pois poucos são os psicólogos que enfrentaram tantas dificuldades e barreiras nessa vida. A pobreza, o preconceito, a doença e a violência. Ainda assim eles erguem o rosto e continuam, apoiados em umas ou outras bengálas. E ainda assim são capazes de desejar o bem ao próximo, trazer em suas almas um desejo sincero de agradecer aqueles que lhe cedem a palavra, tão comumente segregada, desrespeitada, e não escutada.

Tem sido uma lição de vida, estar ao lado deles todos os dias.

Pois, ali, enfim, eu entendi o que é amor.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Paranoid Android

Please could you stop the noise, I'm trying to get some rest
From all the unborn chicken voices in my head
What's there...? (I may be paranoid, but not an android)
What's there...? (I may be paranoid, but not an android)

When I am king, you will be first against the wall
with your opinion which is of no consequence at all
What's there...? (I may be paranoid, but no android)
What's there...? (I may be paranoid, but no android)

Ambition makes you look pretty ugly
Kicking, squealing gucci little piggy
You don't remember
You don't remember
Why don't you remember my name?
Off with his head, man
Off with his head, man
Why don't you remember my name? I guess he does...

Rain down, rain down
Come on rain down on me
From a great height
From a great height... height...
Rain down, rain down
Come on rain down on me
From a great height
From a great height... height...
Rain down, rain down
Come on rain down on me

That's it sir
You're leaving
The crackle of pigskin
The dust and the screaming
The yuppies networking
The panic, the vomit
The panic, the vomit
God loves his children, God loves his children, yeah!



-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-

É, isso ae, casa nova, vida nova,

Visitas de 1 mês que mudaram tanta coisa nessa cabecinha confusa.
Viagens recentes que me fizeram perceber algumas coisas.

É, a vida não para. E continua num ritmo estranho & acelerado, onde afloram novas idéias & perspectivas & ritmos.

Monografia, trabalho, wow e música.

E agora até do DA eu sou membro, pensando no que fazer pra movimentar ainda mais os alicerces de um novo mundo que se fez diante desses olhos assustados & perplexos com a sujeira das mentes doentias que habitam essa tal pós-modernidade.

Talvez eu não esteja tão preparado assim pra todas as coisas que estam acontecendo e vão acontecer, mas por hora eu curtindo essa nova vibe.

O que mais me espanta nisso tudo é o quanto algumas pessoas conseguem & fazem questão de deixar claro que são más, trazendo julgamentos que há tempos não fazia, mas que agora, por tamanha perplexidade que certas ações causaram, eu não consigo me furtar de fazer e de me entristecer com a doença de uns e outros, que nos afetam de uma maneira ou de outra.

Mas, bem, eu posso ser paranoico, mas não sou um androide!