domingo, 2 de março de 2008

Looking Outside Inside

Is this the one who thought it was insane
Coming down against it all

Didn't want it
Didn't need it
Didn't want it

Twisted face of fading beauty
Count the cost of suffering
Cannot see the day before you
Only feel what's deep inside
Try to change it makes no difference

Didn't want it
Didn't need it
Didn't want it

Let me go

Looking outside inside, craving for something
Hoping for anything, I'll believe in anything
Who has eyes that see, who wants to believe?
In something, in anything, in one thing, in freedom

Looking outside inside

Self-assist pandemonium, broken promises
Tired of life, flying high, you caught me in your eye
Disintegrated, incinerated
This is not now I want to be
Too much is coming through, someone please tell me what to do

Looking outside inside






É estranho.

E foi-se fevereiro ao passado.
E chegou março ao som de 80's.
E as mudanças ainda não se configuram em sentido.

E nem nos olhos reconfortantes da Morte eu encontro um relicário.

E os dias vão passando devagar.
As coisas não se colocam em seus lugares.
Porque não se trata de um singelo quebra-cabeça.
Ou nem de cenas picadas do rolo de um filme.

É apenas o absurdo.
A Vida.

Não é a toa que das últimas constatações metapsicológicas do tio Freud foi o aspecto econômico do psiquismo, na dinâmica da pulsão de vida x pulsão de mrote (apresentando, aqui, mais um axioma metafísico).

Mas render pulsão de vida a tendência à reprodução (e proliferação/garantia de sobrevivencia dos genes) me assusta.

É difícil pensar em si mesmo como um animal...

E onde está o sentido?
Além do simbólico?
Não me parece, porque a carência de sentido se faz dentro do simbólico.
Então nos deparamos novamente com o absurdo.
Porque é no simbólico que o sentido se esvai.

O maldito real perdido.
E a crença numa completude.
E a inauguração da falta.




A tristez da doçura.

2 comentários:

Iago Pereira disse...

"O maldito real perdido.
E a crença numa completude.
E a inauguração da falta."

C'est l'oedipus.

Pelo seu texto, parece que tem um buraco no simbólico, onde a quintessência do sentido escorre, escorre que nem em uma banheira sem tampão, e deixa aquele vazio esquecido e o som do gotejar.

Qual o tampão? O significante despótico? Que tiraram (deus está morto, disse nietzsche) e ficou só esse vazio? É isso a modernidade? O processo do escorrer, esses últimos dias povoados por últimos homens? E depois só resta o "frio depois do banho"?

Mas QUEM DIABOS COLOCOU UM BURACO ALI, antes de tudo?

De onde fizeram esse movimento esquisito que fundou um buraco capaz de desacreditar o mundo?

E porque continuamos baixando a cabeça?

Meu texto só tem interrogações e acho que algo falta pra fazê-las pontos. Não pude escapar. Ainda.

Mas a gente vai indo, vai encontrando a linha de fuga. Puxando o fio de ariadne. Ela tá lá, e enquanto o puxão acontece, parece óbvio que nunca faltou nada. As coisas só são assim e tem pessoas fazendo coisas e acontecendo. E o sentido volta a fluir.

Iago Pereira disse...

R.I.P.